No mundo do Hip-Hop, a dinâmica do sucesso sofreu uma reviravolta intrigante nos últimos anos. É a história de duas gerações: os veteranos experientes que foram pioneiros no gênero e os recém-chegados ansiosos para deixar sua marca. Surpreendentemente, os rappers mais velhos dominam o palco, vendem mais turnês e chamam a atenção de entusiastas do hip-hop em todo o mundo, enquanto muitos de seus colegas mais jovens lutam para acertar o passo.

Mais do que um simples álbum, The Chronic é um marco cultural que redefiniu o hip hop e estabeleceu os fundamentos do chamado “G-Funk”, um subgênero que mescla Gangsta Rap com melodias suaves e batidas pesadas inspiradas no funk dos anos 70, especialmente de George Clinton e Parliament-Funkadelic.

O ano era 1987. Nas rádios brasileiras já tocavam muitos raps americanos, como Kool Moe Dee, LL Cool J e Ice T em programas específicos de “balanço”, como chamávamos em Brasília e Entorno, o que viria a ser conhecido mundialmente como Hip-Hop.

Formado por “X” e DJ Jamaika (RIP), o Câmbio Negro surpreendeu com as letras contundentes que influenciariam dezenas de outros rappers.

Produzido por DJ Raffa e lançado pela gravadora Kaskatas, o álbum introduziu o grupo Os Magrellos, composto por DJ Raffa, Marcão, Freire, Rossi e Tubarão na cena musical do Rap.